31 de março de 2010

*.*

Bem, essa semana aconteceu algo realmente chato na escola. E como tá todo mundo falando disso, me senti na obrigação de dar meu palpite também.
O lance é o seguinte: um menino da escola resolveu fazer uma brincadeira de muito mau gosto com um filhotinho de gato que estava lá na escola. Esse pequenino ser tinha sido levado para que alguém pudesse adotá-lo, mas olha só que coisa feia que fizeram! Machucaram o pobrezinho! Mas fiquem tranquilos, ele já está bem e prestes a ser adotado, ok?

Gente, eu não sou apegada a animais, mas gosto muito. Mesmo, mesmo, mesmo. Meus pais também não são apegados a isso, e eu cresci sem cachorro, gato... Tive alguns cães, mas por pouquíssimo tempo, pouco tempo depois, por algum motivo qualquer meu pai o doava.

Lembro da única vez em que perdi um bichinho de estimação. Os poucos cachorros que tivemos eram cães de guarda, eu não costumava ficar junto deles. Exceto pelo Tchutchucão e pela Violeta. Eu os tive durante a pré-adolescência, e tinha um carinho gigante por eles. Por questões do tipo que eu cresci assim, eu não dormia com eles, nem dava beijo, meus pais sempre falavam que era nojento. Mas eu adorava jogar a bola para a Violeta sair correndo atrás e o Tchutchucão era tão...fofo!

Tchutchucão parecia um menino de quinze anos. Sabe como é, só tem tamanho e super imaturo. Mas meu cachorro tinha um coração GIGANTE. E me amava. Até que o Tchutchucão ficou doente, e muito, muito rapidamente, ele faleceu. Foi um dos dias mais tristes da minha vida. Na minha casa, parecia que eu era a única a sentir algo pelo meu cachorrão. Fui a única a chorar, a ficar triste, mal mesmo. Pouco tempo depois nos mudamos e Violeta ficou com os novos donos da nossa antiga casa. Eles e a Violeta se dão muito bem.

Agora moro em apartamento, e não tenho como ter um bichinho de estimação. Assim que der, vou adotar um cachorrinho pra mim, vocês vão ver.

Bem, e em meio a tudo isso, eu pergunto: dá pra diferenciar os sentimentos dos bichinhos dos que nós temos?
Gente, eu não sei. Eu particularmente sou capaz de amar um animal e gostar dele, cuidar como filho.Queria entender por que tem gente que não pensa igual. Sério mesmo.

Vejo pessoas que amam seus celulares, um programa de tv, um filme, mas não conseguem amar um animalzinho, vê-lo como ser vivo.

Ano passado li uma reportagem da Super Interessante especial psicopatas ( eu quero ser psiquiatra), e ali dizia que quando alguém quer testar seu companheiro, caso suspeite de uma psicopatia, uma sugestão era ver seu comportamento com animais. Muitos dos psicopatas "sanguinários, assassinos" começam maltratando animaizinhos.

O que será então do garoto que eu citei no começo do post? Seria ele um psicopata? Eu não sei, o conheço mal. Apesar de que, estatiscamente, 1% da população tem predisposiçãoà psicopatia. Logo, considerando os 550 alunos da escola, seria algo possível. Mas posso afirmar que essa atitude foi bem ruim.Estamos todos chateados.

Eu queria saber como esse menino se sente. De verdade. Será que está feliz por chamar a atenção, ou envergonhado? Não sei, gente. Contudo sei de uma coisa: nós não precisamos que isso aconteça de novo. Ouviram? NÓS NÃO QUEREMOS ISSO!!

Não quero que essa pessoa pare de "agredir" gatinhos por vergonha ou por medo. Quero que pare de fazê-lo porque sabe que não é legal.

Simples assim.

28 de março de 2010

E que NÃO roubem minha idéia.

Sério, só uma criatura anormal e louca como eu, que não dorme mais de seis horas por noite há semanas, pra estar aqui a essa hora. Principalmente porque eu tenho que acordar 04:50 da manhã amanhã. Simples assim. E porque tenho quilos de deveres de casa, trabalhos, e coisas pra fazer. E antes que alguém ache isso, não, eu NÃO, NUNCA durmo à tarde. Isso me dá uma dor de cabeça horrível.


Sábado fui à Dra. Otorrinolaringologista ver o que eu tenho. Quero dizer, não é normal, você ficar gripada durante cinco semanas. Como meu sistema respiratório estava sobrevivendo? Resultado: sinusite e um monte de remédios pra tomar, porque segunda ela, "minha gripe complicou bastante". Eu nem sabia que tinha sinusite!


Hoje eu e Isa fizemos só umas quinhentas questões de várias matérias. Agora, enquanto eu estou aqui, digitando pra vocês, a minha amiga está dormindo, apagadona aqui do lado. Tenso. Porque se ela quiser, pode dormir amanhã a tarde toda também. Coisa que, definitivamente, não acontece comigo. Fato.


De qualquer forma, estávamos conversando sobre formatura e talz. Embora  a gente não estude na mesma escola, vivemos falando disso. Eu ainda não sabia que música colocar na hora que meu nome fosse anunciado lá na frente. Agora eu já sei. Querem saber?

Tudo pode ser...
Se quiser será...
O sonho sempre vem,
Pra quem sonhar...

Tudo pode ser
Só basta acreditar...
Tudo que tiver que ser, será...

Tudo que eu fizer...
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz

Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
E não me faltem forças pra lutar...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
Todos somos um e juntos não existe mal nenhum...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
O sonho esta no ar...
O amor me faz cantar, faz cantar...

Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção...



Tudo que eu fizer...
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz

Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
Que não me faltem forças pra lutar...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
Todos somos um, e juntos não existe mal nenhum...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
O sonho esta no ar...
O amor me faz cantar,faz cantar...

Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção... (2x)



Bem, sim, é Lua de Cristal, da Xuxa. Fala sério, essa música não é linda? E quem, da minha geração, não se amarrava em assistir Lua de Cristal na Sessão da Tarde? Esse foi o melhor (ou o único bom?) filme da Xuxa. Sabe como é, muito intrigante. Tipo assim, como alguém só sabe fazer sopa de legumes e não sabe fazer hambúrguer? E na hora em que ela tá com fome, chora em cima da flor, e ali surge um fruto que mata a fome dela? Cara, esse filme é muito bom. Gente, alguém me explica por que a Globo não passa mais na Sessão da Tarde? As crianças de hoje precisam saber que Xuxa já fez filme bom um dia. 


E bem, agora que todo mundo já sabe a música que eu, EU mesma vou usar na formatura em minha entrada triunfal, ninguém está autorizado a roubar minha idéia, ok?


Tchau, beijos e fiquem com papai do céu.  =*

26 de março de 2010

Vamos de pequenininho?

Nem sei porque diabos estou escrevendo aqui hoje. Quero dizer, eu sei, porque eu to com vontade. Mas mesmo assim. Eu tenho tanto, mas tanto dever de casa, tanta matéria pra estudar e estou sem dormir direito há tanto tempo, que se eu fosse normal, não estaria aqui. Mas é claro que eu não sou normal.
Gente, nota rápida: ontem a aula de aprofundamento foi guerra. Ainda bem que eu não estava lá. Pedi pra guardarem um lugar pra mim enquanto eu ia renovar Os Três Mosqueteiros na biblioteca(acreditam que ainda não conseguir terminar?). Quando voltei encontrei Giselly com o braço vermelho e Ana Carol com o pé torcido.
 E é ÓBVIO que isso rendeu um discurso do coordenador e do diretor.

Gente, estar no último ano é tão cansativo! A gente nem tem tempo de aproveitar tempo juntos, nos divertindo. Porque todo mundo só fica em vestibular, vestibular, vestibular. O lance é que agora até EU estou assim.

Ontem saímos da escola às 17:30, devido as aulas de Aprofundamento. Aí eu vi um microônibus e falei: "vamos de pequenininho gente?". E todo mundo veio comigo. É que esses microonibus da linha 42 são realmente muito pequenininhos. Só que quando a gente sobe no ônibus lá já tem um mnte de alunos do Senai(curso profissionalizante). Todo mundo começa a conversar. eles entre eles, a gente entre a gente. 
Eu começo a ter crises de riso descontroladas com Mariane e o sarcasmo dela e com Bruno e a altura dele. É que a cabeça de Bruno estava encaixada no "teto solar", aquela ventilação que tem no teto do ônibus. 

Ficamos presos num engarrafamento. Devido a isso, começamos a conversar todo mundo junto. Nese exato momento Margarete Josefina(nome fictício, eu quero proteger uma certa pessoa que não sabe o que fala), solta: "Cara, escola estadual não dá ninguém que presta.", ou algo assim. Nesse momento ocorre um silêncio no microônibus. Que nem aqueles silêncios que procedem uma chacina em filme de terror. Se Margarete Josefina não sabe, a maioria dos alunos do Senai faz o Ensino Médio Regular em escola estadual. Momentos de tensão. Eu, menina da paz, tento contornar a situação. "Nada a ver Margarete Josefina, tem muita gente de escola estadual que é inteligente, esforçado. Eu conheço um monte.". Realmente Margarete Josefina queria só provocar. Porque até o ano passado ela tinha uma super queda por um cara muito gato do Liceu, que é estadual.  

Bel começa a descontrair pra aliviar a tensão. Esse é um dos poderes de Bel. Ela sempre consegue levar tudo na boa. E daqui a pouco estávamos todos conversando de novo. Uma das meninas do Senai vira pra um garoto do Senai e fala: "Cara, tá muito calor, tira a blusa." Margarete Josefina vira pro cara e fala: "Ah, não, você não vai tirar a blusa não. Tá vindo um cheiro horrível aqui. Se você tirar a blusa piora." Alguém me lembra de matar Margarete Josefina na primeira oportunidade? Obrigada.

A garota do Senai vira e fala: "não, ele tá com outra por baixo.". Bia, fiel escudeira de Margarete Josefina, assente. "Então tá bem." O garoto tira a camisa do Senai e fica só com uma outra por baixo. Cara, garotos são muito estranhos. Como, em um calor de 40 ºC, alguém usa duas camisas ao mesmo tempo? A gente começa a conversar todod mundo, até que Guilherme e Bel percebem que o pessoal do ônibus ao lado está olhando pro "nosso" microônibus como se fôssemos um bando de malucos fazendo uma suruba. o que é completamente injusto considerando que eu estava lá.

Eu viro e falo:" É, 18:20. Já perdi a chance de fazer qualquer outra coisa hoje. Até chegar em casa...". A garota atrás de mim( uma morena amiga da que mandou o colega tirar a blusa) me pergunta onde eu moro. "Arsenal", respondo. Ela vira e fala assim mesmo, juro. "Ah, não mora tão mal. Você conhece Zacarias(nome fictício)?". "Ah, conheço, a gente estudou junto no fundamental.", respondo meio seca. "Ela é muito bonitinho, né?".

"Hã?", é tudo o que respondo pra garota. Quero dizer, a garota me conhece há alguns minutos e já está falando comigo que acha o cara que estudou anos atrás comigo bonitinho? Se Zacarias escuta isso, fica puto, porque "bonitinho" é feio arrumado. 

Nesse instante, Mariane me cutuca e fala: "Luma, vamos descer eir andando até o Terminal de ônibus. Tá muito engarrafado. "
"Claro", eu respondo, ainda em choque. Sei lá, eu esperava que ela respondesse."Ah, ele é legal, conheço também." ao invés de "Você não acha ele muito bonitinho?". Quero dizer, bonitinhos são meus bichinhos de pelúcia.

A gente desce do ônibus e vai andando até o terminal, deixando Margarete Josefina, Bia, e o pessoal do Senai pra trás. 

Fiquem tranquilos, Maria Josefina não foi linchada. Eu a vi hoje de manhã na escola.

P.S.: eu, Bel e Marie estamos pensando em montar um blog pra nós três, não é um máximo? Lá a gente vai poder colocar tudo o que passamos juntas. Esperem, logo logo eu o anunciarei nesse mesmo Bathorário, no mesmo Batcanal. ; )

Ah, e pessoinhas que sigo. Eu tenho sempre tentado visitar o blog de vocês o máximo que posso. Está meio difícil,  a escola tá Tensa. Mas acreditem, embora nem sempre dê tempo de comentar, na maioria das vezes eu fui lá.

20 de março de 2010

Template novo e aulas desesperadas

Oie!

E aí, o que acharam do layout novo? Ah, eu cismei porque cismei hoje que esse blog deveria ter um template ao invés de ficar usando esses modelinhos básicos do Blogger. E o que eu achei mais próximo do meu gosto foi esse. Gente, vocês não têm noção do quanto eu penei hoje por causa disso. É que eu não tinha a menor idéia de como se procurava e instalava um template. Então fui com "a cara e a coragem". Levei horas e de presente uma dorzinha nas costas. Perfeito, não? Mas o que importa é que eu consegui. E fiquei toda orgulhosa de mim mesma, fiquei sim( se escreve "eu mesma" ou "mim mesma"?). Quero dizer, eu não sei fazer praticamente nada no computador. Nem mexer no Paint eu sei.

Cara, esse lance do Projeto Aprofundamento tá TENSO (crédito by Isa). Sério mesmo. Sérião. Você já viu uma escola onde os alunos se matam pra estudar? Só no CPII Niterói que isso acontece, aposto. Mas só umas moedinhas que eu tenho na minha caixinha de moedas.

E olha que o Projeto Aprofundamento não tem nada a ver com a escola. É tipo uma aula extra que se a gente quiser, a gente pode ir, mas ninguém tem a obrigação. É só pra dar um empurrãozinho pro vestibular. Os professores dão aulas voluntárias (pelas quais não recebem remuneração alguma) pra relembrar a matéria de todo o ensino médio. Se fosse numa escola comum, aposto que ninguém ia. Mas onde estudo não é bem assim.

Aprofundamento de química em 19/03/2010, a da setinha vermelha sou eu. Lá na frente está o professor de química que luta jiu-jítsu (haushaushua, mas é verdade gente.). Detalhe: um bom observador irá perceber que estou roendo as unhas de nervoso. Foto de apenas parte do auditório.

Quarta-feira foi mais-que-tenso. Foi bárbaro. Mesmo. As pessoas invadiram o auditório às 10 da manhã(hora do recreio), marcando lugar. "Loucura, loucura", como diz o Huck. Surreal, mesmo. Sorte que Mariane guardou um lugarzinho pra mim. Na quinta, o inspetor Júlio (chamado carinhosamente por todos de BOPE - carinhosamente mesmo, ele é super querido) trancou o auditório pra não acontecer mais isso. Meio dia e meia o corredor do auditório estava mais cheio que o Carnaval de Salvador. Parecia que tinha colocado a população da China dentro do corredor. Todos se matando. Consegui um lugarzinho. Na sexta foi pior até, porque o Aprofundamento era de química. Lá na escola, quase todo mundo quer ser engenheiro químico( é claro que não estou incluída nesse grupo). Surreal.

Quando abriram a porta do auditório, as pessoas, da porta, jogavam suas mochilas procurando acertar uma cadeira. Uma vez as mochilas estando numa cadeira, aquele lugar estava garantido. Ontem, sentei lá atrás. Péssimo de enxergar, mas quebrou um galho.

Simulação dos alunos do último ano correndo para o auditório após as aulas. As principais difenreças são: nós usamos roupas de colegial, nada apropriadas ; corremos em um ambiente mais fechado ; usamos da violência ; e nossa disputa é muito, muito mais acirrada.

Estou cheia, cheia de deveres de casa, listas de aprofundamento, textos pra ler, e ainda estou na página 70 de Os Três Mosqueteiros. E claro, aind agasto tempo no blog. E meu diário? hahaha, foi abandonado. Hoje entrei no orkut e meu filhinho do Baby Adopter, o Dean, estava faminto. Coitado. Alimentei, dei carinho a ele. Nem abri Minha Fazenda. Já sei que toda a plantação apodreceu mesmo.

Tá tendo uma "balada" furreca aqui perto, e o funk tá vindo nos meus ouvidos. A todo vapor. Estão revezando, funk e pagode. Gente, o som tá MUITO ALTO. Parece que o alto-falante tá dentro do meu quarto!!! Ótimo, agora estão tocando um funk que tem como principal verso: "Bota com raiva!". Preciso dizer que vou acabar pirando?

E pra piorar, estou super gripada. Se alguém quiser mandar energia positiva se onde está, agradeço, de verdade.

Pronto, agora estão tocando Rebolation.

Beijos e fui.

P.S..: que Deus continue me dando forças, porque está difícil.

16 de março de 2010

Voltei =T

Eu andei sumida, né? Será que vocês sentiram minha falta? hahahaha

Bem, o lance é o seguinte: 3º ano é tipo assim, HORRENDO!Sério mesmo.

As minhas aulas voltaram dia 08, e só na primeira semana, consegui:
- 12 exercícios de química
- 35 exercícios de física II
- 14 exercícios de física I
- 1 capítulo de Bio I pra estudar
- 1 capítulo de Bio II pra estudar
- 18 exercícios de Matemática I
- 17 exercícios de Matemática II
- 1 redação sobre "relações amorosas no mundo atual"
- Um seminário de literatura sobre Romantismo - prosa.
- Fazer uma poesia e mandar por e-mail para que a professora coloque no mural
- Aula de aprofundamento de química: +6 questões de vestibular
- 6 exercícios de geografia

Viram agora o porquê de eu estar sumida? Isso só até sábado. De ontem pra cá tem mais, muito mais!

foto de http://www.danielbueno.com.br/sitev2/wp-content/uploads/2009/12/estudando-pra-concurso1.jpg 

Lá na escola tem Projeto Aprofundamentos para alunos do último ano. Nele, nós temos aulas também durante a tarde, focalizadas no vestibular. O lance é que as aulas de aprofundamento acontecem no auditório, que comporta no máximo 70 pessoas. As primeiras 70 pessoas que chegarem, assistem à aula. Somos 190 alunos de 3º ano. Por isso, quando as aulas regulares acabam, ao meio-dia, as pessoas saem correndo pelos corredores, matando-se praticamente, num empurra-empurra que parece guerra, pra chegar logo no auditório e reservar sua cadeirinha. E para os amigos também. Por exemplo, na quarta, eu guardei lugar pra Marie, Ana Carol, Bruno, Vivi, que tinham sido bloqueados na guerra do empurra-empurra e chegaram segundos depois. Para assistir aula de aprofundamento, segundos são importantíssimos.

Gente, estou tão cansada! Minhas olheiras já ressurgiram e marcaram presença. Essa carga horária exaustiva não dá espaço de dormir aquelas oito horas por noite. Eu quero as férias. Mesmo. Até minha Colheita Feliz, meu Minha Fazenda e meu Baby Adopter estão abandonados. Farmville? Sem comentários.

Ah, notícia de última hora. Lembram que eu estava morrendo de medo de encontrar a morte? Quero dizer, segundo Marie, ela estava atrás de mim. Veja aqui. Bem, o lance é que eu nem precisei ficar loira. Ontem quase fui atropelada por um ônibus, mas Bruno gritou e eu pulei rápido para longe. Que nem em Premonição. Juro.
Bel e Bruno, que estavam comigo, ficaram chocados. Agora, a morte está com Bruno. Sem dúvidas.

Eu perguntei a eles o que fariam se eu morresse naquela hora. Ele disse que ia rir de nervoso enquanto meu sangue B+ jorrava. Realmente a morte pulou pra Bruno. Eu mesma faço questão de executar o serviço.
Bel está de prova.

Peguei Os Três Mosqueteiros na biblioteca há mais de uma semana e só li 30 páginas, porque estou sem tempo pra nada. Eu parei de ler no ônibus porque Dani, do curso de inglês, me disse que a amiga dela ficou cega assim. Eu não quero ficar cega depois de um descolamento de retina irreversível.

beeeijos ;D

P.S. não sei quando eu apareço, tenho MUITA coisa pra fazer.

8 de março de 2010

First day. Last year.

 É, hoje foi meu primeiro dia de aula.
O primeiro dia de aula escolar da minha vida.

Acordei cedo, tomei meu banho quente, coloquei meu uniforme. Estava tudo no meu cronograma:
05:00: acordar
05:12 hora limite pra sair do banho
05:20: hora limite para estar vestida
05:35: eu já tenho de estar tomando café
05:40: eu já tenho que estar no elevador do prédio
06:00: eu já tenho que estar no ônibus.

Bem, o lance é que quando deu 05:25 percebi que faltava um botão da minha camisa. Droga, deveria ter caído. Fui pegar um botão de outra camisa, para pregar às pressas. E não acho nenhum instrumento pra arrancar o botão da outra blusa. 05:30: eu não quero ter que chegar ao último recurso: pedir ajuda a São Longuinho. Se eu continuar pulando desse jeito vou ter um problema nas articulações do joelho.
Pego a tesoura de costura e "recorto" o botão. Pego uma agulha e uma linha para pregar o botão. 05:37: consigo finalmente pregar o botão.

Vou correndo tomar café da manhã, mas eu senti o cheiro do leite e fiquei enjoada. (Antes que alguém pense besteira, é biologicamente impossível eu estar grávida. A não ser que eu tenha sido escolhida como a Nossa Senhora do século XXI. ) Passei gloss e fui pra escola em jejum.

05:41: saio de casa correndo, sobre meu salto alto. É meio emocionante usar roupinha de colegial, aquelas meias e meu sapato de boneca que tem um saltão. Emocionante nada, é desconfortável mesmo. Preciso de uma sapatilha Moleca urgente!
05:45:  estou atravessando a passarela que corta a rodovia para pegar o ônibus do outro lado. De lá vejo Bel e Mariane.

Ah, que emoção! Depois de um ano estudando em turno separados, e precisando ir sozinha, finalmente voltarei a ter minhas amiguinhas comigo. Para que juntas enfrentemos engarrafamentos de ônibus, fujamos das balas perdidas e dos pivetes. Para que juntas a gente possa correr para chegar a tempo na escola, quase ser atropelada. Para que fujamos de ratos e lacraias quando o Ciep inunda com uma chuva torrencial. Sabe como é, a vida maravilhosa de estudantes do Ensino Médio da rede pública. Mesmo que sejam estudantes de uma escola Federal, tradicionalíssima, onde só entra quem passa por um concurso um tanto tenso.

Pegamos o ônibus, e acredite: tinha lugar! É que nós pegamos o ônibuis mais caro, hehehehe. E antes que alguém diga: "Luma, mas você é pão dura!", eu digo: "Mas eu estava com o RioCard (cartão eletrônico de ônibus) que a escola dá.". E olha que legal. O engarrafamento quase não existia! Poucas vezes vi tão poucos carros nas ruas. O que houve? Estão com o IPVA atrasado? (hahahah - risada macabra). Ah, mas deu pra conversar bastante no ônibus. Sobre um monte de coisas. Que saudade de tudo isso!

A gente solta do ônibus, onde trocamos de veículo(veículo? que palavra ridícula! é que eu não queria escrever "ônibus" duas vezes na mesma frase). Chegamos na escola, escalamos algumas poças de água gigantes. (Vocês viram como que choveu no Rio esse fim de semana? Niterói e São Gonçalo inundaram, meu, passou até no Fantástico. Para saber o que aconteceu comigo clique aqui). Encontrei a todos.

Quando eu era caloura, eu via o pessoal se abraçando emocionado e achaava tudo estranho. Achava frescura mesmo. Hoje que sou veterana, vejo que isso é real. Eu sempre odiei primeiro dia de aula. No Colégio Pedro II, eu amo. Fomos ver como ficariam as organizações das turmas, todo mundo se abraçando, rindo, que nem propaganda de material escolar. A minha turma é composta d emetade da minha turma do ano passado, mais metade da turma de MAriane do ano passado. Eba, eu e Marie voltamos a estudar juntas!
Como nos velhos tempos, em qeu Mariane falava coisas engraçadas em hora que não podia rir e eu tinha que travar as bochechas, tempos em que conversávamos a aula inteira, até o professor fazer uma pergunta sobre a matéria pra acabar com a gente. E a gent eresponder na ponta da língua, perfeitamente, e eles ficarem todos sem graça. Que saudade!

Aula de química, dois tempos, com mesmo professor do 1º ano. Perfeito, eu entendo super bem o que ele explica. Um tempo de português com uma professora que eu só conhecia de vista. Acreditam que ela passou 45 minutos falando sobre a importância da língua portuguesa? Aposto que os professores de inglês não fazem isso nos EUA. E que os de espanhol não fazem isso na Argentina. MAs ela fez no Brasil. Detalhe para a garrafinhad e água dela, que parecia um vidro de perfume vermelho carmim. Sério. Começo a conversar com Dênis, Mariane e Vinícius pra fugir do tédio. A professora chama a minha atenção. Volto a conversar. Ela olha pra mim. Quando eu finalmente decido calar a boca, e a professora toma um pouco de água, Dênis vira pra mim e pergunta baixinho: "O que é isso? Ela tá tomando perfume?". "Deve ser a garrafinha de água dela", respondo aos sussurros. Mariane intervém: "Parece cachaça". Eu seguro as bochechas pra não rir e olho pra garrafinha. REalmente, muito igual aquela de Caninha da Roça. Só que era de um plástico vermelho. Muito vermelho.
A direção vem nos dar boas vindas. Olhem que notícias HORRENDAS eu recebi. Pela primeira vez depois de muitos anos, a filosofia e o desenho geométrico(matérias que eu mais odeio na vida. Me mande fazer 86464155152115 lições de química inorgânica, mas não me mande estudar filosofia. Nem desenho) foram adicionadas a grade curricular do 3ºano. O quê?
Eu me dediquei a essas disciplinas trágicas durante os últimos dois anos da minha vida, iluidida porque ela não existia no último ano. Não existia, agora existe.Raiva. Muita raiva.

Aula de espanhol. O professor passa de novo uma música um tanto "caliente". Cara, esse professor só passa coisa indecente. Mas a gente não pode reclamar muito, são todos pra maiors de 16 anos. Todos temos mais que 16 anos. Embora um poema com versos como "Tu frente en mi frente y tu boca en mi boca" me pertubam um pouco. Quero dizer, eu senti vergonha alheia pelo cantor. Mesmo que "frente" signifique testa.

Recreio. Muita gente que eu revejo, converso com muita gente, me divirto pra caramba. Depois aula de trigonometria com professor ditador. Na volta pra casa, a brilhante idéia de Bel. Ir andando uma parte do caminho. Meus pés, presos no salto alto, foram estraçalhados.
Cheguei em casa, tirei os sapatos, tomei banho e fiquei um bom tempo sem por os pés no chão. Fiquei na internet, criei um e-mail para a turma, fiz meus dever de casa(12 lições de química orgânica e 18 de trigonometria. Com direito a itens a,b,c,d,...). Estou aqui agora. Preciso dormir. Amanhã, é tudo de novo.
Eba. Por enquanto.

P.S. Hoje é dia de nós, mulheres! Mas, alguém me diga, quando é dia dos homens?Vou querer dar parabéns a eles também! Afinal, o que seria de nós sem eles? E deles sem a gente? hahaha

beeeijos

6 de março de 2010

Eu odeio chuva!

A minha vida está acabada.
Isso soou totalmente adolescente fútil, mas tipo, a minha vida está acabada mesmo. Principalmente depois do que me aconteceu hoje. Sem sombras de dúvidas.

Eu sempre gostei de chuva. Nós sempre fomos muito ligadas. É claro que a partir daí vocês percebem que eu nunca morei numa área de risco de enchentes ou deslizamentos. Mas o lance é que a chuva é super presente na minha vida. Por exemplo, mamãe me disse que quando eu nasci, choveu tanto, que ocorreu falta de luz elétrica em Niterói. Qualquer semelhança com a Jean de Sorte ou Azar? (livro da minha super ídola Meg Cabot), não é mera coincidência. E tipo, todo meu aniversário sempre chove. Exceto no de 13 e de 17 anos. Mas sempre chove.

Tá, vamos aos fatos. A minha vizinha do 501, a Mere teve neném essa semana. Uma menina linda (gente é linda mesmo, nada a ver com esses recém-nascidos feiosos), a Sophia. E como vocês sabem, pobre deixa tudo pra última hora. Então mamãe e Simone(amiga de mamãe e irmã da Mere) resolveram ir a Alcântara (distrito comercial de São Gonçalo que fica a uns 10 minutos de ônibus aqui do bairro), comprar os móveis do quarto do bebê.

A princípio, meu irmão quis ir junto. Tudo bem. Depois, Letícia, a filha de 13 anos de Simone quis ir junto. Tudo bem. Quando eles estavam saindo do prédio, eu decidi ir junto. Tudo bem. Porque, sabe como é, eu ADORO ver coisinhas fofas. E eu sabia que eles iriam em um monte de lojas fofas de coisas fofas para bebês fofos. E como eu só pretendo ser mãe daqui a uns 15 anos (isso se o mundo não acabar em 2012), vou curtir a minha paixão por bebês e coisas de bebês enquanto dá.

Passamos em várias lojas, com coisas muito fofas. Por fim, os móveis vieram provenientes da minha sugestão (eba!), e eu e Simone combinamos de pintar uma parede do quarto do bebê de rosa em alguma noite da próxima semana. Cara, eu tô muito empolgada. Parece que é meu bebê, hehehehe. Ainda bem que eu quero ter seis filhos pra matar meu vício em bebês.

Saímos da loja onde fizemos a combinação mais fofa e barata (lembram que eu, a pão-dura da década, estava lá?), uma cômoda gracinha, um armário fofíssimo, e um berço simples. Simples, porque a gente já tinha gastado demais no armário e na cômoda. Tudo bem. Daqui a uns três anos esse berço não vai ter utilidade nenhuma.

Fomos então lanchar no McDonalds ( o que eu acho um cúmulo. Você engorda e gasta horrores. Prefiro guardar meu dinheiro no meu porquinho de barro e emagrecer). Mas em frente ao McDonalds tinha um Mr Pizza e induzi o consumo de uma promoção composta de Pizza Família + Coca 2lts por 29,90. Letícia e Teco ficaram meio decepcionados. Dane-se, o importante é economizar, babies.

Enfim fomos embora. Não sem antes passar na Tamoio ( a rede de drogarias mais barata que tem, que eu particularmente amo ), e comprar uns esmaltes. Qual é, tinha um monte de marcas desconhecidas por R$ 0,99. Comprei dois. Não preciso de mais de dois esmaltes pra ser feliz. Até proque eu já tinha vários em casa. Letícia fez drama porque queria um rosa chiclete de R$ 2,29, da Impala. Tinha um igual, da Dute (eu acho que é esse o nome da marca) por R$ 0,99. Mas ela achava um absurdo levar o de R$0,99. Resultado: ela não levou nada, kkk. Pronto, agora se Lê visitar meu blog e ver esse post vai pegar ódio mortal de mim. Fazer o quê?

Pegamos o ônibus pra casa, e começou a chover, chover muito. Mas eu não percebi porque fiquei brincando com um bebê loirinho muito fofo que estava no banco da frente. Até que, na altura do IML, o trânsito parou. (Bom, o lance é que na rodovia onde moro, tem um IML localizado no km 0. eu moro na plaquinha km2. A minha escola fica na rua de um cemitério horrendo e gigante. E no caminho até lá eu passo por um presídio. Sabe como é, energia super positiva.)
Aí que eu percebi que estava chovendo demais. Porque as crianças do microônibus ( a Viação Rio Ouro, em que eu estava, é 100% composta por microônibus) estavam escrevendo seus nomes no vidro embaçado. Quando, depois de muito tempo, cheguei no ponto de ônibus em que solto, A rua estava TOTALMENTE ALAGADA. Simone, desesperada, disse que ia colocar uma sacola plástica para proteger o cabelo escovado da chuva. E ela realmente colocou um saco plástico na cabeça. Sombrinhas eram inúteis considerando o temporal. Uma sacola? Isso é suicídio social. E ter 40 anos não te permite fazer algo assim.

Sem contar os raios. Dia desses eu vi na Ana Maria Braga que no Brasil morrem, em média, 130 pessoas vítimas de raio por ano. Eu achei que ia morrer. Que um raio ia me atingir e eu ia morrer eletrocutada. Afinal, eu estava com alguns objetos de metais. Como o zíper do short e o par de brincos. Mas foi pior, muito pior.
A enchente estva praticamente uma enxurrada( não sei se enxurrada é com x ou ch, vai assim mesmo). Ao colocar meus pés lá, uma das minhas Ipanemas de fitinha dourada foi arrastada, como sempre acontece nos meus pesadelos*.  Eu comecei a gritar. Muito. Cara, você snunca me viram gritar. Eu fico histérica. Olho pra trás, no meio da enxurrada e só vi Simone tentando salvar o cabelo. Allloww! Minha Ipanema de fitinha dourada que eu consegui comprar por R$ 8,99 no mercadinho que tem aqui perto estava indo embora. É, foi embora.

Eu, já puta da vida  revoltada, desesperada, desolada, porque eu amo aquele chinelo gritei para Simone,que estava me irritando com aquela sacola na cabeça. " Foda-se a escova, ela vai embora. Seu cabelo vai enrolar, esquece!". Tenho certeza que Simone não ouviu, porque ela continuou sã e salva. Agora me diz, poderia piorar? Claro que sim. Porque a enxurrada logo em seguida levou a minha outra sandália e eu fiquei completamente descalça. Nem liguei. Já tinha perdido uma mesmo. A única vantagem de ter uma única sandália seria de usá-la se um dia engessasse o outro pé. Agora entrei em pânico. Me refugiei no bar da esquina ( em São Gonçalo existe muitos bares. Aqui na esquina tem dois grandes, um de frente pro outro. E é claro, tem consumidores de cervejas o suficiente pros dois.). Alguns caras vieram me falar que eu poderia pegar leptospirose. Como se eu já não soubesse. Senão, por que diabos eu estaria gritando**?
 Aí um dos caras vira pra mim e fala: "Cuidado garota, o chão tá cheio de vidro.(lembra que eu tava descalça?) Acabou de quebrar uma lâmpada". Agradeci e continuei a atravessar o bar, para a saída. Já tava toda ferrada mesmo, era melhor me ferrar até chegar em casa.

Automaticamente pensei na lâmpada do bar estourando. Que nem nos filmes de terror. Será que foi um raio? O cara que foi na Ana Maria Braga disse que é muito comum um raio cair várias vezes no mesmo lugar. Ótimo, os raios estavam atrás de mim, que nem em Premonição. Talvez Mariane estivesse certa.

O meu prédio é a terceira construção de um dos lados da minha rua. Primeiro um bar, depois a Associação de Moradores, depois: Lar, doce Lar. Nesse percurso de alguns metros, enlouqueci. Achei que ia pisar em um rato morto, e ele ia explodir sobre meus pés, e eu cairia pra trás, e engoliria água podre e morreria. Comecei a gritar muito. E a chorar alto. Na frente de todo mundo. Todos os refugiados da marquise do meu prédio ficaram olhando. Os caras do mototáxi. O pessoal da padaria. Os garotos da Lan House, que não tem o que fazer e ficam lá o dia todo. O pessoal do abatedouro. Os vizinhos que estavam na rua. Os crentes da igreja. ( o primeiro andar do meu prédio é formado por quatro lojas. Uma padaria, um abatedouro, uma lan house e uma igreja evangélica que tem um pastor com cordas vocais de aço. Sem contar que ali também é o ponto de moto táxi. )
Eu não disse que a minha vida estava arruinada? E antes que você pense: "Ah, pior não poderia ficar", eu vos digo. Eu estava de blusa e sutiã brancos. Entendeu?

Peguei o elevador correndo, subi, fui direto para o banheiro dos fundos, onde tomei banho e esfreguei meus pés e pernas até a pele quase desfolar. Depois me sequei e passei litros de álcool. E antes que vocês digam que piorar não dava, eu descobri um machucadinho próximo ao meu tornozelo. Sim, uma picada de mosquito que levei em Cachoeiras de Macacu ***, e que eu eu fico coçando o tempo todo e nunca cicatriza. Eu posso ter pego lepstospirose e morrer! Senhor, help me!

Teco pouco depois foi na padaria comprar pão ( e antes que alguém diga que é pleonasmo, eu digo que não, porque existem outras coisas a venda na padaria ) e disse que todo mundo ainda estava rindo de mim e do meu medo de achar um rato.

Pelo menos consegui pintar minhas unhas com o esmalte de R$ 0,99. Pelo menos vou estar com as unhas bonitinhas para o fim.

Preciso bolar um plano de como vou passar na rua agora. É que em todas as casas onde morei, as pessoas da rua sempre me viam como  nojenta, metida e patty. Coisas que definitivamente não sou. Mas eles acharem é crucial para minha impopularidade total. A única solução é tirar as grades do meu quarto, criar um sistema de rapel e sair no estacionamento do prédio. De lá, eu pulo o muro do estacionamento e fujo pela porta dos fundos pra poder ir pra escola. Eu só acho que vai ser meio vulgar, eu, com meu uniforme de colegial, descer cinco andares de rapel. Droga. Ainda existe a possibilidade de comprar uma peruca e fazer uma plástica.

Ah, e a escova de Simone? Babem, mas a sacola funcionou. O cabelo dela continua perfeito e intacto. Mesmo.

*eu sempre sonho que estou em uma praia. Aí vem uma onda forte, carrega meus chinelos e as chaves do carro e de casa. E eu tenho que voltar a pé pra casa, sem ter como abrir a porta. Macabro. E eu SEMPRE sonho isso. E em ir de chinelo para a escola. E em ficar pelada na rua do nada. Se alguem que tem poderes sobrenaturais ou então vê nisso um traço psicológico importante quiser me ajudar, vou agradecer.

** poucas pessoas tem tanto medo de leptospirose e raiva como eu. As duas são terríveis. Mas tem uma delas que não tem cura. Como eu sempre me esqueço qual é, morro de medo das duas.

** pois é, já tem mais de um mês que voltei de Cachoeiras de Macacu e as picadas de mosquito ainda não curaram completamente. Minha mãe diz que é porque eu coço o tempo todo. Estou com medo de ter leishmaniose. Eu fiz um ano de estágio na Fiocruz, estudando leishmaniose. É horrenda. Doença very bad. Tem que ser tratada desde o começo. Para toda a vida. Meu machucadinho não está tão grave nem tem característica alguma de picada do agente transmissor da leishmaniose. A droga e´que Cachoeiras de Macacu é uma cidade com muitos casos de leishmaniose. Principalmente na zona rural, em que fui picada. É, melhor começar a acreditar na Teoria da Conspiração.

beeijos, ; )

P.S.: Acho que finalmente minhas aulas vão voltar segunda-feira.  Também, depois de praticamente quatro meses de férias! Provável que eu passe a postar bem menos. De qualquer forma, vou tentar postar e ler os blogs que eu sigo (acreditem, eu sempre leio, mesmo que sejam muitos) da sala de informática da escola. Eles bloqueiam orkut e devem ter bloqueado twitter também. Mas duvido que tenham bloqueado o Blogger. Rá!

2 de março de 2010

Telemarketing e culinária

Ai, é tanta coisa que eu quero contar pra vocês!

Que quando eu tomo vergonha na cara para postar algo as coisas fogem da minha mente. Droga!

Bem, o meu livro, o Missão na Terra tem esquentado a minha cabeça. O lance é que eu fiz uma protagonista meio parecida comigo (não muito, sério mesmo, a gente tem várias diferenças). Mas é que às vezes eu comento que estou escrevendo um livro, aí alguém perguntta sobre o que é, e eu respondo. Só que fica parecendo que é uma "autobiografia". Mas NÃO É. E isso me irrita. Muito.

Aí eu estou há um tempão sem escrever, embora eu tenha escrito mais mil palavras ontem. Agora eu já tenho pouco mais de 45 mil palavras. Mas um livro razoável tem que ter pelo menos uns 60 mil. Então, pelo andar da história, acho que vai dar certinho.

Eu estava amando a chuva. Sério, se chove, Rio e as cidades adjacentes agradecem. Mas agora essa temperatura amena começou a complicar a minha vida. Mesmo.
 Porque mexer na minha internet é mexer comigo.
Eu estava tendo problema de acessar desde anteontem e ontem a noite liguei lá pra operadora(Oi, falo mesmo). A minha internet é 3G, porque é a única banda larga que existe para o meu bairro, aonde não tem fiação pra colocar uma Velox ou uma Net que seja. Mas o sinal é tão ruim, que parece a velocidade de uma discada. Minha mãe ia comprar o modem da Claro, mas ia sair mais caro ainda. Também, quem manda morar em fim de mundo?(resposta: dinheiro, ou melhor:a falta dele).

Falo primeiro com um cara chamado Rogério que tem sotaque paulista. Mas a ligação cai e eu falo com um outro cara chamado Rogério também. É claro que quando o segundo cara falou: "Boa noite. Aqui é o Rogério, em que posso ajudá-la?", eu virei e falei: "Ai, que bom que eu caí de novo na sua linha. Eu tava falando agora com você, Rogério. É que minha internet tá dando erro de conexão." Só quando o cara continuou a falar é que eu percebi que ele era outro Rogério, com um sotaque meio nordestino. Totalmente diferente do primeiro Rogério. Aí eu fui transferida para o Antônio Carlos, que tinha sotaque carioca e depois para o Rodrigo, que também tinha sotaque carioca.

Eu achei o Rodrigo super legal. Eu devo ser uma pessoa doente pra achar um operador de telemarketing legal. Mas o lance é que eu acho que ele também me achou legal. Porque a voz dele estava bem satisfeito. Vai ver porque eu era a primeira pessoa com quem ele falou ontem que não disse nenhum palavrão. É que quando eu ligo pra algum call center, eu entro na pilha. Quero dizer, eu fico falando que nem uma operadora de telemarketing também. Teco(meu irmão) diz que isso é extremamente irritante. Mas eu gosto. A mesma voz eu faço na hora de pedir pizza ou quando eu ligo pro disk gás porque o gás acabou.
Mas eu acho que eu só achei o Rodrigo legal porque ele resolveu meu problema.
Sério, ele mandou eu mudar umas configurações e ele disse que isso é culpa do mau tempo. Ótimo, agora eu não posso nem usar uma blusa de manga enquanto navego na internet. Agora estou aqui em internet 2G(lenta pakas) porque as nuvens diminuíram o sinal e não há sinal o suficiente pra conectar em 3G.

Participei de mais quinhentas promoções na internet e não ganhei nada. Estou participando de mais um monte. Essas que eu divulgo aqui do lado são só uma pequena parcela. Será que eu nunca vou ter sorte? Fala sério.

Hoje eu fui tentar fazer arroz no almoço. Nunca mais eu tento. Quero dizer, eu sei fazer um macarrão perfeito, mas só macarrão. Vocês lembram que em Lua de Cristal a personagem da Xuxa só sabia fazer sopa de legumes? Eu só sei fazer macarrão. (pergunta idiota , mas importante: por que não passa mais Lua de Cristal na Sessão da Tarde?)
Mas eu acho que o problema principal são as medidas que eu nunca acerto. Eu fico com medo do arroz ficar duro ou papa. Aí hoje eu coloquei uma certa quantidade de água. Mas o arroz secou e continuava duro. Aí eu tentei salvar, mexi e coloquei mais água. Aí continuou duro. Depois de seco novamente, coloquei mais um pouco de água e deixei cozinhar. Ficou papa.
Foi tudo pro lixo. E tanta gente passando fome no mundo. Me senti péssima. Pra quem não sabe, boa parte da minha neurose é devido ao fato de pensar o tempo todo nas criancinhas subnutridas que passam fome.
O que eu não sabia é o quanto arroz rende. Eu coloquei duas xícaras de arroz na panela, mas aquilo inchou de tal forma, que mais um pouco e a panela transborda. Surreal.

Teco chegou da escola, e adivinha o almoço? Pão, é claro. É que eu estava tão decepcionada/frustrada/desiludida com o arroz que não tava a fim de fazer comida (comida = macarrão). Meu irmão comeu dois eggcheeseburguer que eu fiz e eu comi só um pão com ovo e batata palha, porque eu estou evitando comer carne vermelha(evitando não é bem a palavra, estou cumprindo uma promessa que vai durar a eternidade). Vocês tem noção do que é isso? Almoçar pão com ovo e batata palha?
Claro que as criancinhas do Haiti adorariam. Mas aquilo é uma coisa que meninas que usam jeans 42, como eu, deveriam ser proibidas de comer. Na verdade, se meu pai, que é neurótico com comidas calóricas visse aquilo, iria ter um ataque cardíaco.

Mas nem tudo está perdido. Ainda existem restaurantes, comidas congeladas, e vários tipos de macarrão( ao molho branco, ao molho vermelho, gelado com maionese e atum - meu preferido...). Teco disse que meus filhos vão ter overdose de macarrão. Mas eu acho que não. Eu só tenho que casar com um cara que saiba cozinhar para que Artur, Ianaê, Bernardo, Mariane, Henrique e Jane / Melissa não passem mal de comer macarrão. Aí vai ser comida feita pelo papai todo dia. Sabe como é, família moderna.

Beeijos  =D

31 de março de 2010

*.*

Bem, essa semana aconteceu algo realmente chato na escola. E como tá todo mundo falando disso, me senti na obrigação de dar meu palpite também.
O lance é o seguinte: um menino da escola resolveu fazer uma brincadeira de muito mau gosto com um filhotinho de gato que estava lá na escola. Esse pequenino ser tinha sido levado para que alguém pudesse adotá-lo, mas olha só que coisa feia que fizeram! Machucaram o pobrezinho! Mas fiquem tranquilos, ele já está bem e prestes a ser adotado, ok?

Gente, eu não sou apegada a animais, mas gosto muito. Mesmo, mesmo, mesmo. Meus pais também não são apegados a isso, e eu cresci sem cachorro, gato... Tive alguns cães, mas por pouquíssimo tempo, pouco tempo depois, por algum motivo qualquer meu pai o doava.

Lembro da única vez em que perdi um bichinho de estimação. Os poucos cachorros que tivemos eram cães de guarda, eu não costumava ficar junto deles. Exceto pelo Tchutchucão e pela Violeta. Eu os tive durante a pré-adolescência, e tinha um carinho gigante por eles. Por questões do tipo que eu cresci assim, eu não dormia com eles, nem dava beijo, meus pais sempre falavam que era nojento. Mas eu adorava jogar a bola para a Violeta sair correndo atrás e o Tchutchucão era tão...fofo!

Tchutchucão parecia um menino de quinze anos. Sabe como é, só tem tamanho e super imaturo. Mas meu cachorro tinha um coração GIGANTE. E me amava. Até que o Tchutchucão ficou doente, e muito, muito rapidamente, ele faleceu. Foi um dos dias mais tristes da minha vida. Na minha casa, parecia que eu era a única a sentir algo pelo meu cachorrão. Fui a única a chorar, a ficar triste, mal mesmo. Pouco tempo depois nos mudamos e Violeta ficou com os novos donos da nossa antiga casa. Eles e a Violeta se dão muito bem.

Agora moro em apartamento, e não tenho como ter um bichinho de estimação. Assim que der, vou adotar um cachorrinho pra mim, vocês vão ver.

Bem, e em meio a tudo isso, eu pergunto: dá pra diferenciar os sentimentos dos bichinhos dos que nós temos?
Gente, eu não sei. Eu particularmente sou capaz de amar um animal e gostar dele, cuidar como filho.Queria entender por que tem gente que não pensa igual. Sério mesmo.

Vejo pessoas que amam seus celulares, um programa de tv, um filme, mas não conseguem amar um animalzinho, vê-lo como ser vivo.

Ano passado li uma reportagem da Super Interessante especial psicopatas ( eu quero ser psiquiatra), e ali dizia que quando alguém quer testar seu companheiro, caso suspeite de uma psicopatia, uma sugestão era ver seu comportamento com animais. Muitos dos psicopatas "sanguinários, assassinos" começam maltratando animaizinhos.

O que será então do garoto que eu citei no começo do post? Seria ele um psicopata? Eu não sei, o conheço mal. Apesar de que, estatiscamente, 1% da população tem predisposiçãoà psicopatia. Logo, considerando os 550 alunos da escola, seria algo possível. Mas posso afirmar que essa atitude foi bem ruim.Estamos todos chateados.

Eu queria saber como esse menino se sente. De verdade. Será que está feliz por chamar a atenção, ou envergonhado? Não sei, gente. Contudo sei de uma coisa: nós não precisamos que isso aconteça de novo. Ouviram? NÓS NÃO QUEREMOS ISSO!!

Não quero que essa pessoa pare de "agredir" gatinhos por vergonha ou por medo. Quero que pare de fazê-lo porque sabe que não é legal.

Simples assim.

28 de março de 2010

E que NÃO roubem minha idéia.

Sério, só uma criatura anormal e louca como eu, que não dorme mais de seis horas por noite há semanas, pra estar aqui a essa hora. Principalmente porque eu tenho que acordar 04:50 da manhã amanhã. Simples assim. E porque tenho quilos de deveres de casa, trabalhos, e coisas pra fazer. E antes que alguém ache isso, não, eu NÃO, NUNCA durmo à tarde. Isso me dá uma dor de cabeça horrível.


Sábado fui à Dra. Otorrinolaringologista ver o que eu tenho. Quero dizer, não é normal, você ficar gripada durante cinco semanas. Como meu sistema respiratório estava sobrevivendo? Resultado: sinusite e um monte de remédios pra tomar, porque segunda ela, "minha gripe complicou bastante". Eu nem sabia que tinha sinusite!


Hoje eu e Isa fizemos só umas quinhentas questões de várias matérias. Agora, enquanto eu estou aqui, digitando pra vocês, a minha amiga está dormindo, apagadona aqui do lado. Tenso. Porque se ela quiser, pode dormir amanhã a tarde toda também. Coisa que, definitivamente, não acontece comigo. Fato.


De qualquer forma, estávamos conversando sobre formatura e talz. Embora  a gente não estude na mesma escola, vivemos falando disso. Eu ainda não sabia que música colocar na hora que meu nome fosse anunciado lá na frente. Agora eu já sei. Querem saber?

Tudo pode ser...
Se quiser será...
O sonho sempre vem,
Pra quem sonhar...

Tudo pode ser
Só basta acreditar...
Tudo que tiver que ser, será...

Tudo que eu fizer...
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz

Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
E não me faltem forças pra lutar...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
Todos somos um e juntos não existe mal nenhum...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
O sonho esta no ar...
O amor me faz cantar, faz cantar...

Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção...



Tudo que eu fizer...
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz

Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
Que não me faltem forças pra lutar...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
Todos somos um, e juntos não existe mal nenhum...

Vamos com você, nós somos invencíveis
Pode crer...
O sonho esta no ar...
O amor me faz cantar,faz cantar...

Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção... (2x)



Bem, sim, é Lua de Cristal, da Xuxa. Fala sério, essa música não é linda? E quem, da minha geração, não se amarrava em assistir Lua de Cristal na Sessão da Tarde? Esse foi o melhor (ou o único bom?) filme da Xuxa. Sabe como é, muito intrigante. Tipo assim, como alguém só sabe fazer sopa de legumes e não sabe fazer hambúrguer? E na hora em que ela tá com fome, chora em cima da flor, e ali surge um fruto que mata a fome dela? Cara, esse filme é muito bom. Gente, alguém me explica por que a Globo não passa mais na Sessão da Tarde? As crianças de hoje precisam saber que Xuxa já fez filme bom um dia. 


E bem, agora que todo mundo já sabe a música que eu, EU mesma vou usar na formatura em minha entrada triunfal, ninguém está autorizado a roubar minha idéia, ok?


Tchau, beijos e fiquem com papai do céu.  =*

26 de março de 2010

Vamos de pequenininho?

Nem sei porque diabos estou escrevendo aqui hoje. Quero dizer, eu sei, porque eu to com vontade. Mas mesmo assim. Eu tenho tanto, mas tanto dever de casa, tanta matéria pra estudar e estou sem dormir direito há tanto tempo, que se eu fosse normal, não estaria aqui. Mas é claro que eu não sou normal.
Gente, nota rápida: ontem a aula de aprofundamento foi guerra. Ainda bem que eu não estava lá. Pedi pra guardarem um lugar pra mim enquanto eu ia renovar Os Três Mosqueteiros na biblioteca(acreditam que ainda não conseguir terminar?). Quando voltei encontrei Giselly com o braço vermelho e Ana Carol com o pé torcido.
 E é ÓBVIO que isso rendeu um discurso do coordenador e do diretor.

Gente, estar no último ano é tão cansativo! A gente nem tem tempo de aproveitar tempo juntos, nos divertindo. Porque todo mundo só fica em vestibular, vestibular, vestibular. O lance é que agora até EU estou assim.

Ontem saímos da escola às 17:30, devido as aulas de Aprofundamento. Aí eu vi um microônibus e falei: "vamos de pequenininho gente?". E todo mundo veio comigo. É que esses microonibus da linha 42 são realmente muito pequenininhos. Só que quando a gente sobe no ônibus lá já tem um mnte de alunos do Senai(curso profissionalizante). Todo mundo começa a conversar. eles entre eles, a gente entre a gente. 
Eu começo a ter crises de riso descontroladas com Mariane e o sarcasmo dela e com Bruno e a altura dele. É que a cabeça de Bruno estava encaixada no "teto solar", aquela ventilação que tem no teto do ônibus. 

Ficamos presos num engarrafamento. Devido a isso, começamos a conversar todo mundo junto. Nese exato momento Margarete Josefina(nome fictício, eu quero proteger uma certa pessoa que não sabe o que fala), solta: "Cara, escola estadual não dá ninguém que presta.", ou algo assim. Nesse momento ocorre um silêncio no microônibus. Que nem aqueles silêncios que procedem uma chacina em filme de terror. Se Margarete Josefina não sabe, a maioria dos alunos do Senai faz o Ensino Médio Regular em escola estadual. Momentos de tensão. Eu, menina da paz, tento contornar a situação. "Nada a ver Margarete Josefina, tem muita gente de escola estadual que é inteligente, esforçado. Eu conheço um monte.". Realmente Margarete Josefina queria só provocar. Porque até o ano passado ela tinha uma super queda por um cara muito gato do Liceu, que é estadual.  

Bel começa a descontrair pra aliviar a tensão. Esse é um dos poderes de Bel. Ela sempre consegue levar tudo na boa. E daqui a pouco estávamos todos conversando de novo. Uma das meninas do Senai vira pra um garoto do Senai e fala: "Cara, tá muito calor, tira a blusa." Margarete Josefina vira pro cara e fala: "Ah, não, você não vai tirar a blusa não. Tá vindo um cheiro horrível aqui. Se você tirar a blusa piora." Alguém me lembra de matar Margarete Josefina na primeira oportunidade? Obrigada.

A garota do Senai vira e fala: "não, ele tá com outra por baixo.". Bia, fiel escudeira de Margarete Josefina, assente. "Então tá bem." O garoto tira a camisa do Senai e fica só com uma outra por baixo. Cara, garotos são muito estranhos. Como, em um calor de 40 ºC, alguém usa duas camisas ao mesmo tempo? A gente começa a conversar todod mundo, até que Guilherme e Bel percebem que o pessoal do ônibus ao lado está olhando pro "nosso" microônibus como se fôssemos um bando de malucos fazendo uma suruba. o que é completamente injusto considerando que eu estava lá.

Eu viro e falo:" É, 18:20. Já perdi a chance de fazer qualquer outra coisa hoje. Até chegar em casa...". A garota atrás de mim( uma morena amiga da que mandou o colega tirar a blusa) me pergunta onde eu moro. "Arsenal", respondo. Ela vira e fala assim mesmo, juro. "Ah, não mora tão mal. Você conhece Zacarias(nome fictício)?". "Ah, conheço, a gente estudou junto no fundamental.", respondo meio seca. "Ela é muito bonitinho, né?".

"Hã?", é tudo o que respondo pra garota. Quero dizer, a garota me conhece há alguns minutos e já está falando comigo que acha o cara que estudou anos atrás comigo bonitinho? Se Zacarias escuta isso, fica puto, porque "bonitinho" é feio arrumado. 

Nesse instante, Mariane me cutuca e fala: "Luma, vamos descer eir andando até o Terminal de ônibus. Tá muito engarrafado. "
"Claro", eu respondo, ainda em choque. Sei lá, eu esperava que ela respondesse."Ah, ele é legal, conheço também." ao invés de "Você não acha ele muito bonitinho?". Quero dizer, bonitinhos são meus bichinhos de pelúcia.

A gente desce do ônibus e vai andando até o terminal, deixando Margarete Josefina, Bia, e o pessoal do Senai pra trás. 

Fiquem tranquilos, Maria Josefina não foi linchada. Eu a vi hoje de manhã na escola.

P.S.: eu, Bel e Marie estamos pensando em montar um blog pra nós três, não é um máximo? Lá a gente vai poder colocar tudo o que passamos juntas. Esperem, logo logo eu o anunciarei nesse mesmo Bathorário, no mesmo Batcanal. ; )

Ah, e pessoinhas que sigo. Eu tenho sempre tentado visitar o blog de vocês o máximo que posso. Está meio difícil,  a escola tá Tensa. Mas acreditem, embora nem sempre dê tempo de comentar, na maioria das vezes eu fui lá.

20 de março de 2010

Template novo e aulas desesperadas

Oie!

E aí, o que acharam do layout novo? Ah, eu cismei porque cismei hoje que esse blog deveria ter um template ao invés de ficar usando esses modelinhos básicos do Blogger. E o que eu achei mais próximo do meu gosto foi esse. Gente, vocês não têm noção do quanto eu penei hoje por causa disso. É que eu não tinha a menor idéia de como se procurava e instalava um template. Então fui com "a cara e a coragem". Levei horas e de presente uma dorzinha nas costas. Perfeito, não? Mas o que importa é que eu consegui. E fiquei toda orgulhosa de mim mesma, fiquei sim( se escreve "eu mesma" ou "mim mesma"?). Quero dizer, eu não sei fazer praticamente nada no computador. Nem mexer no Paint eu sei.

Cara, esse lance do Projeto Aprofundamento tá TENSO (crédito by Isa). Sério mesmo. Sérião. Você já viu uma escola onde os alunos se matam pra estudar? Só no CPII Niterói que isso acontece, aposto. Mas só umas moedinhas que eu tenho na minha caixinha de moedas.

E olha que o Projeto Aprofundamento não tem nada a ver com a escola. É tipo uma aula extra que se a gente quiser, a gente pode ir, mas ninguém tem a obrigação. É só pra dar um empurrãozinho pro vestibular. Os professores dão aulas voluntárias (pelas quais não recebem remuneração alguma) pra relembrar a matéria de todo o ensino médio. Se fosse numa escola comum, aposto que ninguém ia. Mas onde estudo não é bem assim.

Aprofundamento de química em 19/03/2010, a da setinha vermelha sou eu. Lá na frente está o professor de química que luta jiu-jítsu (haushaushua, mas é verdade gente.). Detalhe: um bom observador irá perceber que estou roendo as unhas de nervoso. Foto de apenas parte do auditório.

Quarta-feira foi mais-que-tenso. Foi bárbaro. Mesmo. As pessoas invadiram o auditório às 10 da manhã(hora do recreio), marcando lugar. "Loucura, loucura", como diz o Huck. Surreal, mesmo. Sorte que Mariane guardou um lugarzinho pra mim. Na quinta, o inspetor Júlio (chamado carinhosamente por todos de BOPE - carinhosamente mesmo, ele é super querido) trancou o auditório pra não acontecer mais isso. Meio dia e meia o corredor do auditório estava mais cheio que o Carnaval de Salvador. Parecia que tinha colocado a população da China dentro do corredor. Todos se matando. Consegui um lugarzinho. Na sexta foi pior até, porque o Aprofundamento era de química. Lá na escola, quase todo mundo quer ser engenheiro químico( é claro que não estou incluída nesse grupo). Surreal.

Quando abriram a porta do auditório, as pessoas, da porta, jogavam suas mochilas procurando acertar uma cadeira. Uma vez as mochilas estando numa cadeira, aquele lugar estava garantido. Ontem, sentei lá atrás. Péssimo de enxergar, mas quebrou um galho.

Simulação dos alunos do último ano correndo para o auditório após as aulas. As principais difenreças são: nós usamos roupas de colegial, nada apropriadas ; corremos em um ambiente mais fechado ; usamos da violência ; e nossa disputa é muito, muito mais acirrada.

Estou cheia, cheia de deveres de casa, listas de aprofundamento, textos pra ler, e ainda estou na página 70 de Os Três Mosqueteiros. E claro, aind agasto tempo no blog. E meu diário? hahaha, foi abandonado. Hoje entrei no orkut e meu filhinho do Baby Adopter, o Dean, estava faminto. Coitado. Alimentei, dei carinho a ele. Nem abri Minha Fazenda. Já sei que toda a plantação apodreceu mesmo.

Tá tendo uma "balada" furreca aqui perto, e o funk tá vindo nos meus ouvidos. A todo vapor. Estão revezando, funk e pagode. Gente, o som tá MUITO ALTO. Parece que o alto-falante tá dentro do meu quarto!!! Ótimo, agora estão tocando um funk que tem como principal verso: "Bota com raiva!". Preciso dizer que vou acabar pirando?

E pra piorar, estou super gripada. Se alguém quiser mandar energia positiva se onde está, agradeço, de verdade.

Pronto, agora estão tocando Rebolation.

Beijos e fui.

P.S..: que Deus continue me dando forças, porque está difícil.

16 de março de 2010

Voltei =T

Eu andei sumida, né? Será que vocês sentiram minha falta? hahahaha

Bem, o lance é o seguinte: 3º ano é tipo assim, HORRENDO!Sério mesmo.

As minhas aulas voltaram dia 08, e só na primeira semana, consegui:
- 12 exercícios de química
- 35 exercícios de física II
- 14 exercícios de física I
- 1 capítulo de Bio I pra estudar
- 1 capítulo de Bio II pra estudar
- 18 exercícios de Matemática I
- 17 exercícios de Matemática II
- 1 redação sobre "relações amorosas no mundo atual"
- Um seminário de literatura sobre Romantismo - prosa.
- Fazer uma poesia e mandar por e-mail para que a professora coloque no mural
- Aula de aprofundamento de química: +6 questões de vestibular
- 6 exercícios de geografia

Viram agora o porquê de eu estar sumida? Isso só até sábado. De ontem pra cá tem mais, muito mais!

foto de http://www.danielbueno.com.br/sitev2/wp-content/uploads/2009/12/estudando-pra-concurso1.jpg 

Lá na escola tem Projeto Aprofundamentos para alunos do último ano. Nele, nós temos aulas também durante a tarde, focalizadas no vestibular. O lance é que as aulas de aprofundamento acontecem no auditório, que comporta no máximo 70 pessoas. As primeiras 70 pessoas que chegarem, assistem à aula. Somos 190 alunos de 3º ano. Por isso, quando as aulas regulares acabam, ao meio-dia, as pessoas saem correndo pelos corredores, matando-se praticamente, num empurra-empurra que parece guerra, pra chegar logo no auditório e reservar sua cadeirinha. E para os amigos também. Por exemplo, na quarta, eu guardei lugar pra Marie, Ana Carol, Bruno, Vivi, que tinham sido bloqueados na guerra do empurra-empurra e chegaram segundos depois. Para assistir aula de aprofundamento, segundos são importantíssimos.

Gente, estou tão cansada! Minhas olheiras já ressurgiram e marcaram presença. Essa carga horária exaustiva não dá espaço de dormir aquelas oito horas por noite. Eu quero as férias. Mesmo. Até minha Colheita Feliz, meu Minha Fazenda e meu Baby Adopter estão abandonados. Farmville? Sem comentários.

Ah, notícia de última hora. Lembram que eu estava morrendo de medo de encontrar a morte? Quero dizer, segundo Marie, ela estava atrás de mim. Veja aqui. Bem, o lance é que eu nem precisei ficar loira. Ontem quase fui atropelada por um ônibus, mas Bruno gritou e eu pulei rápido para longe. Que nem em Premonição. Juro.
Bel e Bruno, que estavam comigo, ficaram chocados. Agora, a morte está com Bruno. Sem dúvidas.

Eu perguntei a eles o que fariam se eu morresse naquela hora. Ele disse que ia rir de nervoso enquanto meu sangue B+ jorrava. Realmente a morte pulou pra Bruno. Eu mesma faço questão de executar o serviço.
Bel está de prova.

Peguei Os Três Mosqueteiros na biblioteca há mais de uma semana e só li 30 páginas, porque estou sem tempo pra nada. Eu parei de ler no ônibus porque Dani, do curso de inglês, me disse que a amiga dela ficou cega assim. Eu não quero ficar cega depois de um descolamento de retina irreversível.

beeeijos ;D

P.S. não sei quando eu apareço, tenho MUITA coisa pra fazer.

8 de março de 2010

First day. Last year.

 É, hoje foi meu primeiro dia de aula.
O primeiro dia de aula escolar da minha vida.

Acordei cedo, tomei meu banho quente, coloquei meu uniforme. Estava tudo no meu cronograma:
05:00: acordar
05:12 hora limite pra sair do banho
05:20: hora limite para estar vestida
05:35: eu já tenho de estar tomando café
05:40: eu já tenho que estar no elevador do prédio
06:00: eu já tenho que estar no ônibus.

Bem, o lance é que quando deu 05:25 percebi que faltava um botão da minha camisa. Droga, deveria ter caído. Fui pegar um botão de outra camisa, para pregar às pressas. E não acho nenhum instrumento pra arrancar o botão da outra blusa. 05:30: eu não quero ter que chegar ao último recurso: pedir ajuda a São Longuinho. Se eu continuar pulando desse jeito vou ter um problema nas articulações do joelho.
Pego a tesoura de costura e "recorto" o botão. Pego uma agulha e uma linha para pregar o botão. 05:37: consigo finalmente pregar o botão.

Vou correndo tomar café da manhã, mas eu senti o cheiro do leite e fiquei enjoada. (Antes que alguém pense besteira, é biologicamente impossível eu estar grávida. A não ser que eu tenha sido escolhida como a Nossa Senhora do século XXI. ) Passei gloss e fui pra escola em jejum.

05:41: saio de casa correndo, sobre meu salto alto. É meio emocionante usar roupinha de colegial, aquelas meias e meu sapato de boneca que tem um saltão. Emocionante nada, é desconfortável mesmo. Preciso de uma sapatilha Moleca urgente!
05:45:  estou atravessando a passarela que corta a rodovia para pegar o ônibus do outro lado. De lá vejo Bel e Mariane.

Ah, que emoção! Depois de um ano estudando em turno separados, e precisando ir sozinha, finalmente voltarei a ter minhas amiguinhas comigo. Para que juntas enfrentemos engarrafamentos de ônibus, fujamos das balas perdidas e dos pivetes. Para que juntas a gente possa correr para chegar a tempo na escola, quase ser atropelada. Para que fujamos de ratos e lacraias quando o Ciep inunda com uma chuva torrencial. Sabe como é, a vida maravilhosa de estudantes do Ensino Médio da rede pública. Mesmo que sejam estudantes de uma escola Federal, tradicionalíssima, onde só entra quem passa por um concurso um tanto tenso.

Pegamos o ônibus, e acredite: tinha lugar! É que nós pegamos o ônibuis mais caro, hehehehe. E antes que alguém diga: "Luma, mas você é pão dura!", eu digo: "Mas eu estava com o RioCard (cartão eletrônico de ônibus) que a escola dá.". E olha que legal. O engarrafamento quase não existia! Poucas vezes vi tão poucos carros nas ruas. O que houve? Estão com o IPVA atrasado? (hahahah - risada macabra). Ah, mas deu pra conversar bastante no ônibus. Sobre um monte de coisas. Que saudade de tudo isso!

A gente solta do ônibus, onde trocamos de veículo(veículo? que palavra ridícula! é que eu não queria escrever "ônibus" duas vezes na mesma frase). Chegamos na escola, escalamos algumas poças de água gigantes. (Vocês viram como que choveu no Rio esse fim de semana? Niterói e São Gonçalo inundaram, meu, passou até no Fantástico. Para saber o que aconteceu comigo clique aqui). Encontrei a todos.

Quando eu era caloura, eu via o pessoal se abraçando emocionado e achaava tudo estranho. Achava frescura mesmo. Hoje que sou veterana, vejo que isso é real. Eu sempre odiei primeiro dia de aula. No Colégio Pedro II, eu amo. Fomos ver como ficariam as organizações das turmas, todo mundo se abraçando, rindo, que nem propaganda de material escolar. A minha turma é composta d emetade da minha turma do ano passado, mais metade da turma de MAriane do ano passado. Eba, eu e Marie voltamos a estudar juntas!
Como nos velhos tempos, em qeu Mariane falava coisas engraçadas em hora que não podia rir e eu tinha que travar as bochechas, tempos em que conversávamos a aula inteira, até o professor fazer uma pergunta sobre a matéria pra acabar com a gente. E a gent eresponder na ponta da língua, perfeitamente, e eles ficarem todos sem graça. Que saudade!

Aula de química, dois tempos, com mesmo professor do 1º ano. Perfeito, eu entendo super bem o que ele explica. Um tempo de português com uma professora que eu só conhecia de vista. Acreditam que ela passou 45 minutos falando sobre a importância da língua portuguesa? Aposto que os professores de inglês não fazem isso nos EUA. E que os de espanhol não fazem isso na Argentina. MAs ela fez no Brasil. Detalhe para a garrafinhad e água dela, que parecia um vidro de perfume vermelho carmim. Sério. Começo a conversar com Dênis, Mariane e Vinícius pra fugir do tédio. A professora chama a minha atenção. Volto a conversar. Ela olha pra mim. Quando eu finalmente decido calar a boca, e a professora toma um pouco de água, Dênis vira pra mim e pergunta baixinho: "O que é isso? Ela tá tomando perfume?". "Deve ser a garrafinha de água dela", respondo aos sussurros. Mariane intervém: "Parece cachaça". Eu seguro as bochechas pra não rir e olho pra garrafinha. REalmente, muito igual aquela de Caninha da Roça. Só que era de um plástico vermelho. Muito vermelho.
A direção vem nos dar boas vindas. Olhem que notícias HORRENDAS eu recebi. Pela primeira vez depois de muitos anos, a filosofia e o desenho geométrico(matérias que eu mais odeio na vida. Me mande fazer 86464155152115 lições de química inorgânica, mas não me mande estudar filosofia. Nem desenho) foram adicionadas a grade curricular do 3ºano. O quê?
Eu me dediquei a essas disciplinas trágicas durante os últimos dois anos da minha vida, iluidida porque ela não existia no último ano. Não existia, agora existe.Raiva. Muita raiva.

Aula de espanhol. O professor passa de novo uma música um tanto "caliente". Cara, esse professor só passa coisa indecente. Mas a gente não pode reclamar muito, são todos pra maiors de 16 anos. Todos temos mais que 16 anos. Embora um poema com versos como "Tu frente en mi frente y tu boca en mi boca" me pertubam um pouco. Quero dizer, eu senti vergonha alheia pelo cantor. Mesmo que "frente" signifique testa.

Recreio. Muita gente que eu revejo, converso com muita gente, me divirto pra caramba. Depois aula de trigonometria com professor ditador. Na volta pra casa, a brilhante idéia de Bel. Ir andando uma parte do caminho. Meus pés, presos no salto alto, foram estraçalhados.
Cheguei em casa, tirei os sapatos, tomei banho e fiquei um bom tempo sem por os pés no chão. Fiquei na internet, criei um e-mail para a turma, fiz meus dever de casa(12 lições de química orgânica e 18 de trigonometria. Com direito a itens a,b,c,d,...). Estou aqui agora. Preciso dormir. Amanhã, é tudo de novo.
Eba. Por enquanto.

P.S. Hoje é dia de nós, mulheres! Mas, alguém me diga, quando é dia dos homens?Vou querer dar parabéns a eles também! Afinal, o que seria de nós sem eles? E deles sem a gente? hahaha

beeeijos

6 de março de 2010

Eu odeio chuva!

A minha vida está acabada.
Isso soou totalmente adolescente fútil, mas tipo, a minha vida está acabada mesmo. Principalmente depois do que me aconteceu hoje. Sem sombras de dúvidas.

Eu sempre gostei de chuva. Nós sempre fomos muito ligadas. É claro que a partir daí vocês percebem que eu nunca morei numa área de risco de enchentes ou deslizamentos. Mas o lance é que a chuva é super presente na minha vida. Por exemplo, mamãe me disse que quando eu nasci, choveu tanto, que ocorreu falta de luz elétrica em Niterói. Qualquer semelhança com a Jean de Sorte ou Azar? (livro da minha super ídola Meg Cabot), não é mera coincidência. E tipo, todo meu aniversário sempre chove. Exceto no de 13 e de 17 anos. Mas sempre chove.

Tá, vamos aos fatos. A minha vizinha do 501, a Mere teve neném essa semana. Uma menina linda (gente é linda mesmo, nada a ver com esses recém-nascidos feiosos), a Sophia. E como vocês sabem, pobre deixa tudo pra última hora. Então mamãe e Simone(amiga de mamãe e irmã da Mere) resolveram ir a Alcântara (distrito comercial de São Gonçalo que fica a uns 10 minutos de ônibus aqui do bairro), comprar os móveis do quarto do bebê.

A princípio, meu irmão quis ir junto. Tudo bem. Depois, Letícia, a filha de 13 anos de Simone quis ir junto. Tudo bem. Quando eles estavam saindo do prédio, eu decidi ir junto. Tudo bem. Porque, sabe como é, eu ADORO ver coisinhas fofas. E eu sabia que eles iriam em um monte de lojas fofas de coisas fofas para bebês fofos. E como eu só pretendo ser mãe daqui a uns 15 anos (isso se o mundo não acabar em 2012), vou curtir a minha paixão por bebês e coisas de bebês enquanto dá.

Passamos em várias lojas, com coisas muito fofas. Por fim, os móveis vieram provenientes da minha sugestão (eba!), e eu e Simone combinamos de pintar uma parede do quarto do bebê de rosa em alguma noite da próxima semana. Cara, eu tô muito empolgada. Parece que é meu bebê, hehehehe. Ainda bem que eu quero ter seis filhos pra matar meu vício em bebês.

Saímos da loja onde fizemos a combinação mais fofa e barata (lembram que eu, a pão-dura da década, estava lá?), uma cômoda gracinha, um armário fofíssimo, e um berço simples. Simples, porque a gente já tinha gastado demais no armário e na cômoda. Tudo bem. Daqui a uns três anos esse berço não vai ter utilidade nenhuma.

Fomos então lanchar no McDonalds ( o que eu acho um cúmulo. Você engorda e gasta horrores. Prefiro guardar meu dinheiro no meu porquinho de barro e emagrecer). Mas em frente ao McDonalds tinha um Mr Pizza e induzi o consumo de uma promoção composta de Pizza Família + Coca 2lts por 29,90. Letícia e Teco ficaram meio decepcionados. Dane-se, o importante é economizar, babies.

Enfim fomos embora. Não sem antes passar na Tamoio ( a rede de drogarias mais barata que tem, que eu particularmente amo ), e comprar uns esmaltes. Qual é, tinha um monte de marcas desconhecidas por R$ 0,99. Comprei dois. Não preciso de mais de dois esmaltes pra ser feliz. Até proque eu já tinha vários em casa. Letícia fez drama porque queria um rosa chiclete de R$ 2,29, da Impala. Tinha um igual, da Dute (eu acho que é esse o nome da marca) por R$ 0,99. Mas ela achava um absurdo levar o de R$0,99. Resultado: ela não levou nada, kkk. Pronto, agora se Lê visitar meu blog e ver esse post vai pegar ódio mortal de mim. Fazer o quê?

Pegamos o ônibus pra casa, e começou a chover, chover muito. Mas eu não percebi porque fiquei brincando com um bebê loirinho muito fofo que estava no banco da frente. Até que, na altura do IML, o trânsito parou. (Bom, o lance é que na rodovia onde moro, tem um IML localizado no km 0. eu moro na plaquinha km2. A minha escola fica na rua de um cemitério horrendo e gigante. E no caminho até lá eu passo por um presídio. Sabe como é, energia super positiva.)
Aí que eu percebi que estava chovendo demais. Porque as crianças do microônibus ( a Viação Rio Ouro, em que eu estava, é 100% composta por microônibus) estavam escrevendo seus nomes no vidro embaçado. Quando, depois de muito tempo, cheguei no ponto de ônibus em que solto, A rua estava TOTALMENTE ALAGADA. Simone, desesperada, disse que ia colocar uma sacola plástica para proteger o cabelo escovado da chuva. E ela realmente colocou um saco plástico na cabeça. Sombrinhas eram inúteis considerando o temporal. Uma sacola? Isso é suicídio social. E ter 40 anos não te permite fazer algo assim.

Sem contar os raios. Dia desses eu vi na Ana Maria Braga que no Brasil morrem, em média, 130 pessoas vítimas de raio por ano. Eu achei que ia morrer. Que um raio ia me atingir e eu ia morrer eletrocutada. Afinal, eu estava com alguns objetos de metais. Como o zíper do short e o par de brincos. Mas foi pior, muito pior.
A enchente estva praticamente uma enxurrada( não sei se enxurrada é com x ou ch, vai assim mesmo). Ao colocar meus pés lá, uma das minhas Ipanemas de fitinha dourada foi arrastada, como sempre acontece nos meus pesadelos*.  Eu comecei a gritar. Muito. Cara, você snunca me viram gritar. Eu fico histérica. Olho pra trás, no meio da enxurrada e só vi Simone tentando salvar o cabelo. Allloww! Minha Ipanema de fitinha dourada que eu consegui comprar por R$ 8,99 no mercadinho que tem aqui perto estava indo embora. É, foi embora.

Eu, já puta da vida  revoltada, desesperada, desolada, porque eu amo aquele chinelo gritei para Simone,que estava me irritando com aquela sacola na cabeça. " Foda-se a escova, ela vai embora. Seu cabelo vai enrolar, esquece!". Tenho certeza que Simone não ouviu, porque ela continuou sã e salva. Agora me diz, poderia piorar? Claro que sim. Porque a enxurrada logo em seguida levou a minha outra sandália e eu fiquei completamente descalça. Nem liguei. Já tinha perdido uma mesmo. A única vantagem de ter uma única sandália seria de usá-la se um dia engessasse o outro pé. Agora entrei em pânico. Me refugiei no bar da esquina ( em São Gonçalo existe muitos bares. Aqui na esquina tem dois grandes, um de frente pro outro. E é claro, tem consumidores de cervejas o suficiente pros dois.). Alguns caras vieram me falar que eu poderia pegar leptospirose. Como se eu já não soubesse. Senão, por que diabos eu estaria gritando**?
 Aí um dos caras vira pra mim e fala: "Cuidado garota, o chão tá cheio de vidro.(lembra que eu tava descalça?) Acabou de quebrar uma lâmpada". Agradeci e continuei a atravessar o bar, para a saída. Já tava toda ferrada mesmo, era melhor me ferrar até chegar em casa.

Automaticamente pensei na lâmpada do bar estourando. Que nem nos filmes de terror. Será que foi um raio? O cara que foi na Ana Maria Braga disse que é muito comum um raio cair várias vezes no mesmo lugar. Ótimo, os raios estavam atrás de mim, que nem em Premonição. Talvez Mariane estivesse certa.

O meu prédio é a terceira construção de um dos lados da minha rua. Primeiro um bar, depois a Associação de Moradores, depois: Lar, doce Lar. Nesse percurso de alguns metros, enlouqueci. Achei que ia pisar em um rato morto, e ele ia explodir sobre meus pés, e eu cairia pra trás, e engoliria água podre e morreria. Comecei a gritar muito. E a chorar alto. Na frente de todo mundo. Todos os refugiados da marquise do meu prédio ficaram olhando. Os caras do mototáxi. O pessoal da padaria. Os garotos da Lan House, que não tem o que fazer e ficam lá o dia todo. O pessoal do abatedouro. Os vizinhos que estavam na rua. Os crentes da igreja. ( o primeiro andar do meu prédio é formado por quatro lojas. Uma padaria, um abatedouro, uma lan house e uma igreja evangélica que tem um pastor com cordas vocais de aço. Sem contar que ali também é o ponto de moto táxi. )
Eu não disse que a minha vida estava arruinada? E antes que você pense: "Ah, pior não poderia ficar", eu vos digo. Eu estava de blusa e sutiã brancos. Entendeu?

Peguei o elevador correndo, subi, fui direto para o banheiro dos fundos, onde tomei banho e esfreguei meus pés e pernas até a pele quase desfolar. Depois me sequei e passei litros de álcool. E antes que vocês digam que piorar não dava, eu descobri um machucadinho próximo ao meu tornozelo. Sim, uma picada de mosquito que levei em Cachoeiras de Macacu ***, e que eu eu fico coçando o tempo todo e nunca cicatriza. Eu posso ter pego lepstospirose e morrer! Senhor, help me!

Teco pouco depois foi na padaria comprar pão ( e antes que alguém diga que é pleonasmo, eu digo que não, porque existem outras coisas a venda na padaria ) e disse que todo mundo ainda estava rindo de mim e do meu medo de achar um rato.

Pelo menos consegui pintar minhas unhas com o esmalte de R$ 0,99. Pelo menos vou estar com as unhas bonitinhas para o fim.

Preciso bolar um plano de como vou passar na rua agora. É que em todas as casas onde morei, as pessoas da rua sempre me viam como  nojenta, metida e patty. Coisas que definitivamente não sou. Mas eles acharem é crucial para minha impopularidade total. A única solução é tirar as grades do meu quarto, criar um sistema de rapel e sair no estacionamento do prédio. De lá, eu pulo o muro do estacionamento e fujo pela porta dos fundos pra poder ir pra escola. Eu só acho que vai ser meio vulgar, eu, com meu uniforme de colegial, descer cinco andares de rapel. Droga. Ainda existe a possibilidade de comprar uma peruca e fazer uma plástica.

Ah, e a escova de Simone? Babem, mas a sacola funcionou. O cabelo dela continua perfeito e intacto. Mesmo.

*eu sempre sonho que estou em uma praia. Aí vem uma onda forte, carrega meus chinelos e as chaves do carro e de casa. E eu tenho que voltar a pé pra casa, sem ter como abrir a porta. Macabro. E eu SEMPRE sonho isso. E em ir de chinelo para a escola. E em ficar pelada na rua do nada. Se alguem que tem poderes sobrenaturais ou então vê nisso um traço psicológico importante quiser me ajudar, vou agradecer.

** poucas pessoas tem tanto medo de leptospirose e raiva como eu. As duas são terríveis. Mas tem uma delas que não tem cura. Como eu sempre me esqueço qual é, morro de medo das duas.

** pois é, já tem mais de um mês que voltei de Cachoeiras de Macacu e as picadas de mosquito ainda não curaram completamente. Minha mãe diz que é porque eu coço o tempo todo. Estou com medo de ter leishmaniose. Eu fiz um ano de estágio na Fiocruz, estudando leishmaniose. É horrenda. Doença very bad. Tem que ser tratada desde o começo. Para toda a vida. Meu machucadinho não está tão grave nem tem característica alguma de picada do agente transmissor da leishmaniose. A droga e´que Cachoeiras de Macacu é uma cidade com muitos casos de leishmaniose. Principalmente na zona rural, em que fui picada. É, melhor começar a acreditar na Teoria da Conspiração.

beeijos, ; )

P.S.: Acho que finalmente minhas aulas vão voltar segunda-feira.  Também, depois de praticamente quatro meses de férias! Provável que eu passe a postar bem menos. De qualquer forma, vou tentar postar e ler os blogs que eu sigo (acreditem, eu sempre leio, mesmo que sejam muitos) da sala de informática da escola. Eles bloqueiam orkut e devem ter bloqueado twitter também. Mas duvido que tenham bloqueado o Blogger. Rá!

2 de março de 2010

Telemarketing e culinária

Ai, é tanta coisa que eu quero contar pra vocês!

Que quando eu tomo vergonha na cara para postar algo as coisas fogem da minha mente. Droga!

Bem, o meu livro, o Missão na Terra tem esquentado a minha cabeça. O lance é que eu fiz uma protagonista meio parecida comigo (não muito, sério mesmo, a gente tem várias diferenças). Mas é que às vezes eu comento que estou escrevendo um livro, aí alguém perguntta sobre o que é, e eu respondo. Só que fica parecendo que é uma "autobiografia". Mas NÃO É. E isso me irrita. Muito.

Aí eu estou há um tempão sem escrever, embora eu tenha escrito mais mil palavras ontem. Agora eu já tenho pouco mais de 45 mil palavras. Mas um livro razoável tem que ter pelo menos uns 60 mil. Então, pelo andar da história, acho que vai dar certinho.

Eu estava amando a chuva. Sério, se chove, Rio e as cidades adjacentes agradecem. Mas agora essa temperatura amena começou a complicar a minha vida. Mesmo.
 Porque mexer na minha internet é mexer comigo.
Eu estava tendo problema de acessar desde anteontem e ontem a noite liguei lá pra operadora(Oi, falo mesmo). A minha internet é 3G, porque é a única banda larga que existe para o meu bairro, aonde não tem fiação pra colocar uma Velox ou uma Net que seja. Mas o sinal é tão ruim, que parece a velocidade de uma discada. Minha mãe ia comprar o modem da Claro, mas ia sair mais caro ainda. Também, quem manda morar em fim de mundo?(resposta: dinheiro, ou melhor:a falta dele).

Falo primeiro com um cara chamado Rogério que tem sotaque paulista. Mas a ligação cai e eu falo com um outro cara chamado Rogério também. É claro que quando o segundo cara falou: "Boa noite. Aqui é o Rogério, em que posso ajudá-la?", eu virei e falei: "Ai, que bom que eu caí de novo na sua linha. Eu tava falando agora com você, Rogério. É que minha internet tá dando erro de conexão." Só quando o cara continuou a falar é que eu percebi que ele era outro Rogério, com um sotaque meio nordestino. Totalmente diferente do primeiro Rogério. Aí eu fui transferida para o Antônio Carlos, que tinha sotaque carioca e depois para o Rodrigo, que também tinha sotaque carioca.

Eu achei o Rodrigo super legal. Eu devo ser uma pessoa doente pra achar um operador de telemarketing legal. Mas o lance é que eu acho que ele também me achou legal. Porque a voz dele estava bem satisfeito. Vai ver porque eu era a primeira pessoa com quem ele falou ontem que não disse nenhum palavrão. É que quando eu ligo pra algum call center, eu entro na pilha. Quero dizer, eu fico falando que nem uma operadora de telemarketing também. Teco(meu irmão) diz que isso é extremamente irritante. Mas eu gosto. A mesma voz eu faço na hora de pedir pizza ou quando eu ligo pro disk gás porque o gás acabou.
Mas eu acho que eu só achei o Rodrigo legal porque ele resolveu meu problema.
Sério, ele mandou eu mudar umas configurações e ele disse que isso é culpa do mau tempo. Ótimo, agora eu não posso nem usar uma blusa de manga enquanto navego na internet. Agora estou aqui em internet 2G(lenta pakas) porque as nuvens diminuíram o sinal e não há sinal o suficiente pra conectar em 3G.

Participei de mais quinhentas promoções na internet e não ganhei nada. Estou participando de mais um monte. Essas que eu divulgo aqui do lado são só uma pequena parcela. Será que eu nunca vou ter sorte? Fala sério.

Hoje eu fui tentar fazer arroz no almoço. Nunca mais eu tento. Quero dizer, eu sei fazer um macarrão perfeito, mas só macarrão. Vocês lembram que em Lua de Cristal a personagem da Xuxa só sabia fazer sopa de legumes? Eu só sei fazer macarrão. (pergunta idiota , mas importante: por que não passa mais Lua de Cristal na Sessão da Tarde?)
Mas eu acho que o problema principal são as medidas que eu nunca acerto. Eu fico com medo do arroz ficar duro ou papa. Aí hoje eu coloquei uma certa quantidade de água. Mas o arroz secou e continuava duro. Aí eu tentei salvar, mexi e coloquei mais água. Aí continuou duro. Depois de seco novamente, coloquei mais um pouco de água e deixei cozinhar. Ficou papa.
Foi tudo pro lixo. E tanta gente passando fome no mundo. Me senti péssima. Pra quem não sabe, boa parte da minha neurose é devido ao fato de pensar o tempo todo nas criancinhas subnutridas que passam fome.
O que eu não sabia é o quanto arroz rende. Eu coloquei duas xícaras de arroz na panela, mas aquilo inchou de tal forma, que mais um pouco e a panela transborda. Surreal.

Teco chegou da escola, e adivinha o almoço? Pão, é claro. É que eu estava tão decepcionada/frustrada/desiludida com o arroz que não tava a fim de fazer comida (comida = macarrão). Meu irmão comeu dois eggcheeseburguer que eu fiz e eu comi só um pão com ovo e batata palha, porque eu estou evitando comer carne vermelha(evitando não é bem a palavra, estou cumprindo uma promessa que vai durar a eternidade). Vocês tem noção do que é isso? Almoçar pão com ovo e batata palha?
Claro que as criancinhas do Haiti adorariam. Mas aquilo é uma coisa que meninas que usam jeans 42, como eu, deveriam ser proibidas de comer. Na verdade, se meu pai, que é neurótico com comidas calóricas visse aquilo, iria ter um ataque cardíaco.

Mas nem tudo está perdido. Ainda existem restaurantes, comidas congeladas, e vários tipos de macarrão( ao molho branco, ao molho vermelho, gelado com maionese e atum - meu preferido...). Teco disse que meus filhos vão ter overdose de macarrão. Mas eu acho que não. Eu só tenho que casar com um cara que saiba cozinhar para que Artur, Ianaê, Bernardo, Mariane, Henrique e Jane / Melissa não passem mal de comer macarrão. Aí vai ser comida feita pelo papai todo dia. Sabe como é, família moderna.

Beeijos  =D